Cadeia produtiva cultural da Guarumã: um estudo de caso na comunidade do Jararaca (Pará, Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.14198/geogra.27581Palabras clave:
cadeia de produção, conhecimentos tradicionais, Guarumã, identidade cultural, sustentabilida, Jararaca, BrasilResumen
A região bragantina, nos últimos anos, tem enfrentado a intensificação do agronegócio, levando à destruição da floresta e dos rios. Diante desse cenário, surgem projetos que utilizam práticas tradicionais como alternativas para preservar e sustentar a produção agrícola. A pesquisa apresenta um projeto com guarumã desenvolvido por um agricultor da comunidade do Jararaca, em Bragança do Pará (norte do Brasil), onde se destaca o replantio dessa espécie para a fabricação de materiais utilizados como ferramentas de trabalho. O estudo aborda a cadeia produtiva da guarumã, desde o plantio até a fabricação de artesanatos, promovendo a preservação ambiental e a valorização dos conhecimentos tradicionais. A fibra da guarumã é utilizada como fonte de sustento e identidade local. A investigação foca em práticas sustentáveis relacionadas ao cultivo, extração e uso da fibra, destacando seus impactos ambientais, econômicos e sociais. A metodologia é qualitativa e exploratória, fundamentada em livros e artigos científicos. Os resultados descrevem aspectos do manejo, extrativismo, processos de beneficiamento, práticas de confecção de utensílios, além das relações sociais estabelecidas com essa prática.
Citas
Acosta, A. y Brand, U. (2019). Pós-extrativismo e decrescimento: Saídas do labirinto capitalista. Editora Elefante.
Alexandrino Pinheiro, M., Gouvêa Gomes, L., Rios da Silva, A. C., Scarpini Candido, V., Morais Reis, R. H. e Neves Monteiro, S. (2019). Guarumã: Uma fibra natural amazônica com potencial para reforço de compósitos poliméricos. Materials research, 22 (suppl.1). https://doi.org/10.1590/1980-5373-mr-2019-0092
Alexandrino Pinheiro, M., Neves Monteiro, S., Gouvêa Gomes, L., Rios da Silva, A. C., Scarpini Candido, V. (2018). Análise mecânica e microestrutural de compósitos de matriz epóxi reforçados com fibras de guarumã. Em 73º congresso anual da abm - Internacional, parte integrante da ABM week.SP, Brasil. https://doi.org/10.5151/1516-392X-31444
Alves de Castro, D. (2006). Práticas e técnicas agroextrativistas: Um estudo de caso com famílias no polo rio capim do programa de desenvolvimento socioambiental do banco rural PROAMBIENTE. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Pará.
Batista Pinheiro, G. e Dantas Elias, L. G. (2019). Práticas culturais e educativas na produção familiar da farinha em Bragança-pa. Revista Educamazônia-educação Sociedade e Meio Ambiente, Humaitá.
Corção, T. (2012). Comida é cultura, afeto e memória: O caso do seu Benê e dona Maria. Revista Portal de Divulgação, n. 18.
Costa, M. O., de Souza, F. S. e Andrade, S. M. C (2014). Ensaios de tração e de absorção de água em compósitos de resina poliéster e fibra da tala de Guarumã. Em proceedings of the 21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais. Cuiabá.
De Sá, Maria José Ribeiro. (2021). Na escola da floresta: Pedagogias Tentehar. Tese doutorado - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal.
De Souza Lima, R. M. (2022). Determinação das propriedades mecânicas em tração de compósitos de matriz poliéster reforçados com fibras longas de guarumã (ischnosiphon arouma). Trabalho de conclusão de curso,- Universidade Federal do Pará.
De Vilhena Potiguara, R. C., Soares de Almeida, S., Oliveira, J., Batista Lobato, L.C. e Ferreira de Almeida, A. L. (1987). Plantas fibrosas -I. levantamento botânico na microrregião, do salgado (Pará, Brasil). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série botânica, V 3 (2).
Fernandes do Rêgo, J. (1999). Amazônia: do extrativismo ao neoextrativismo. Ciência hoje, v. 25 (146).
Fernandes Rodrigues, J. E. L., Botelho, S. M., Guimarães Teixeira, R. N. e Freire Filho, F. R. (2014). Produtividade de grãos de cultivares de feijão-caupi, na comunidade agrícola Jararaca, no Município de Bragança, Pará. Embrapa. Belém.
Flick, U. (2009). Desenhos da pesquisa qualitativa. Porto Alegre. Artmed.
Flores, A. y Lima, D. (2013). Fibras vegetais utilizadas no artesanato comercializado em Boa Vista, Roraima. Boletim do museu integrado de Roraima (online), 7 (1), 35-39. https://doi.org/10.24979/bolmirr.v7i01.751
Guarniere Ortigoza, S. A. e. C. Cortez, A. T. (orgs.). (2009). Da produção ao consumo: Impactos socioambientais no espaço urbano. São Paulo: Editora UNESP. 146 p. https://doi.org/10.7476/9788579830075
Gudynas, E. (2018). O novo extrativismo progressista na América do Sul: Teses sobre um velho problema sob novas expressões. Em Philippe Léna e Elimar Pinheiro do Nascimento (Orgs.), Enfrentando os limites do crescimento: Sutentabilidade, decrescimento e prosperidade. Rio de Janeiro: Garamond.
Gudynas, E. (2019). Direitos da natureza: Ética biocêntrica e políticas ambientais. São Paulo: Editora Elefante.
Guillermo Kotik, H. (2019). Fibras naturais e compósitos reforçados com fibras naturais: a motivação para sua pesquisa e desenvolvimento. Editorial Matéria, 24 (3). https://doi.org/10.1590/s1517-707620190003.0801
Homma, A. K. O. (1993). Extrativismo vegetal na Amazônia: Limites e oportunidades. Brasília: EMBRAPA.
Lima da Silva, M. (2001). Avaliação multitemporal da dinâmica costeira da praia do pescador, Bragança (Norte do Brasil). Dissertação - Universidade Federal do Pará, Belém.
Marconi, M. de A. e lakatos, E. M. (2011). Metodologia cientifica. 5. ed. São Paulo. Atlas.
Martín Brañas, M., Núñez Pérez, C. del C., Zárate Gómez, R. (2016). Identificación de especies del género Ischnosiphon utilizadas por dos ciudades Ticuna del Perú para elaborar sus tejidos tradicionales. Ciencia Amazónica, 6(2). https://doi.org/10.22386/ca.v6i2.119
Mayring, P. (2000). Qualitative content analysis. forum Qualitative Sozialforschung Forum: Qualitative Social Research, 1 (2). https://doi.org/10.17169/fqs-1.2.1089
Mohammed, L., Ansari, M. N.M., Pua, G., Jawaid, M. e Islam, M. S. (2015). A Review on natural fiber reinforced polymer composite and its applications. International journal of polymer science, S. 1-15. https://doi.org/10.1155/2015/243947
Nogueira Abdo, M. T. V., Valiengo Valeri, S. y Melo Martins, A. L. (2008). Sistemas agroflorestais e agricultura familiar: Uma parceria interessante. Revista Tecnologia e Inovação Agropecuária, 1 (2), 50-59.
Oliveira, J., de Vilhena Potiguara, R. C. e Batista Lobato, L. C. (2006). Fibras vegetais utilizadas na pesca artesanal na microrregião do salgado, Pará. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. V 1(2), 113-127. https://doi.org/10.1590/S1981-81222006000200009
Ramos Pinto, S. do S. (2024). Mangabas, saberes e cosmologias: por extrativistas de Aricuru-Amazônia-Brasil. Caderno pedagógico, 21 (3). https://doi.org/10.54033/cadpedv21n3-047
Ricardo, F. (2004). Terras indígenas e unidades de conservação da natureza: O desafio das sobreposições. Instituto Socioambiental. São Paulo.
Sanches Pereira, A. e dos Santos Dalbelo, T. (2018). Impactos ambientais e sustentabilidade. SENAC São Paulo.
Shepard Jr., G. H., Da Silva, Inpa. M. N., Feliciano Brazão, A. e Van der Veld, P. (2004). Sustentabilidade socioambiental de arumã no alto Rio Negro. Em terras indígenas e unidades de conservação: O desafio das sobreposições. Instituto Socioambiental, São Paulo.
Silvia Pinto, M. V. (2018). Estudo higrotérmico de compósitos poliméricos reforçados por fibras vegetais juta/algodão manufaturado por RTM: Caracterização mecânica e sorção de água. Tese de doutorado em engenharia de processos. Universidade Federal de Campina Grande, PB.
Vieira da Silva, C. e De Andrade, M. L. (2014). Extratvivismo e abordagem sistêmica. Novos cadernos NAEA, v. 17 (2). https://doi.org/10.5801/ncn.v17i2.1580
Descargas
Estadísticas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Fátima do Socorro Pereira Ramos, Matheus Luan Nascimento Melo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.